Desaparecidos no paraíso. Exposição de pintura

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A Sala Azul do Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC) acolherá, por proposta do Instituto Cultural Romeno em Lisboa, entre 31 de outubro e 30 de novembro deste ano, a exposição de pintura "Desaparecidos no paraíso" da autoria de Alina Gherasim.

A inauguração está marcada para quarta-feira, 30 de outubro, às 19h, e contará com a presença da artista romena.

A exposição, com curadoria da conhecida crítica de arte portuguesa Sofia Marçal, tem como ponto de partida a famosa coleção de contos e relatos - a "História Trágico-Marítima"-, reunida e publicada por Bernardo Gomes de Brito em 1735-1736, bem como as crónicas das grandes descobertas geográficas realizadas pelos navegadores portugueses (Fernão de Magalhães, Vasco da Gama, etc.). Alina Gherasim explora, segundo as regras das artes plásticas, o imaginário, a instrumentária, mas também as aventuras dos grandes exploradores lusitanos dos séculos XV - XVII, narradas nas obras literárias acima mencionadas. Ferramentas de navegação, objetos do inventário dos viajantes dos séculos passados ​​ou elementos de iconografia trazidos à luz durante incursões quase arqueológicas nos antiquários lisboetas e presentes nos 28 trabalhos propostos aos visitantes da exposição (da aguarela e guache até ao acrílico sobre cartão, realizados especialmente para a exposição da MUHNAC), são pretextos para uma "viagem" plástica sui generis.

Alina Gherasim “é uma artista muito atenta aos detalhes simbióticos, à inutilidade das falas, ao seu voo, à solenidade dos florescimentos e dos brotos. Fluidas e delicadas, as cores desfazem e alongam a sua fluição, em subtis camadas de nuances, deixando o desenho e as palavras que o acompanham mais ou menos à vista, caligrafadas laconicamente, acabando numa mística dos lugares onde o olhar e os passos se alongaram. (...) As cores claras são um curto intervalo entre os tons indecisos que parecem fumegar. Toda essa imagem insere a memória de algumas leituras, com metáforas frequentemente mascaradas pela sibilina, deixando a palavra espaços de armazenamento e o poder do prazer.” (Iolanda Malamen)

Sobre o presente projeto, a artista refere o seguinte: "Pretendi entrar em diálogo com o desastre e o desespero da coragem incomensurável, para identificar o Paraíso microscópico que está a cada segundo em qualquer lugar, sem começo e sem fim. As minhas obras integram as ferramentas dos navegadores, soberbas e glaciais, muitas vezes testemunhas de naufrágios, outras vezes instrumentos de sucesso, mediante a posição do sol e a ajuda do destino. Fiquei interessada numa anatomia subtil do imprevisível, das coisas que parecem em ordem, mas que, ao mesmo tempo, estão sujeitas ao acaso. Como num jogo, como se o Céu entrasse numa dança com os seres viventes da terra, dando-lhes esperança ou desespero."

Alina Gherasim licenciou-se em pintura pela Universidade Nacional de Artes Plásticas(UNARTE)de Bucareste, na classe do professor Henry Mavrodin. Desde 1992 participa em inúmeras exposições individuais e coletivas, de entre as quais assinalamos as mais recentes exposições individuais de Alina Gherasim: "A Arquitetura do Jardim" (Casa da Arte, Bucareste, 2013), "Rostos e Lugares" (Simeza, Bucareste, 2015), "Éden" (CMU Transilvânia, Brasov, 2017). Expôs juntamente com Marin Gherasim na galeria CALPE de Timisoara e no Instituto Cultural Romeno em Lisboa ("Jardins, Rostos, Edifícios", 2013 e respetivamente 2015) e em Nova Iorque („Memory – Continuity, RIVAA, 2016).

Em Portugal, participou em exposições coletivas (organizadas pelo Instituto Cultural Romeno em Lisboa) “Desenhando Fernando Pessoa”, “As Máscaras do Poeta” (Lisboa, Casa Fernando Pessoa, 2014; Portalegre e Redondo, 2015), “Blouse Roumaine, Femme roumaine” (ICR Lisboa, 2015; Alter do Chão e Portalegre, 2016), "Azulejo na visão dos artistas romenos" (ICR Lisboa, 2016; Viana do Castelo, 2017; Viseu, 2018; Redondo, 2019), “A viagem do rinoceronte. De Bucareste a Lisboa via Nuremberga” (ICR Lisboa, 2019).