No final de um ano em que ICR Lisboa firmou parcerias com as mais importantes instituições culturais portuguesas – Teatro Nacional Dona Maria II, Museu Nacional do Azulejo, Museu de Artes Decorativas Portuguesas –, está por acontecer um concerto do “Consonando Trio” nuns dos primeiros palcos musicais portugueses, Casa da Música (Porto, 3 de dezembro, 19h30) e Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 5 de dezembro, 21h30). É pela primeira vez que o nosso instituto organiza um evento em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian.
O concerto apresentado pelo trio romeno formado por nomes incontestáveis da atual geração da escola musical romena, Răzvan Suma (violoncelo), Toma Popovici (piano) e Ştefan Horvath (violino), apresentam Sérénade lointaine para violino, violoncelo e piano (1903) de George Enescu, obra raramente interpretada, Trio Es-Dur D 897 Notturno para piano, violino e violoncelo (obra póstuma) de Franz Schubert, bem como o famoso Trio nº 2 em Mi Bemol Maior para piano, violino e violoncelo op. 100 do mesmo compositor.
A peça de George Enescu, criada em 1903, nos anos da grande conflagração mundial, remonta uma delicada nostalgia e faz lembrar o perfume dos salões aristocráticos de Bucareste e de Paris do início do século 20.
O concerto do Porto terá lugar no dia 3 de dezembro, às 19h30 na Casa da Música, parceiro tradicional do ICR Lisboa e o da Fundação Calouste Gulbenkian no dia 5 de dezembro, às 21h30.
O viloncelista Răzvan Suma atingiu o apogeu da sua carreira em 2012, na qualidade de solista concertista das Orquestras Rádio, com as digressões nacionais “Vă place Bach?” (“Gostam de Bach?”), em que tocou a Integral das Suites para violoncelo solo de J.S. Bach, o que é menos comum no mundo da música. Ao participar em várias competições nacionais e internacionais recebeu inúmeros prémios entre os quais: II Prémio no Concurso Internacional “Giovanni Batista Viotti”, Itália (1997) e II Prémio no Concurso Internacional de Markneukirchen, Alemanha (1997). Em 2000 licenciou-se pela Universidade de Música de Bucareste na classe do maestro Marin Cazacu. A sua educação musical consolidou-se através dos cursos de aperfeiçoamento com os maestros Arto Noras, Miklos Pereny, Radu Aldulescu, Herre-Jan Stegenga, Frans Helmerson.
Ştefan Horváth formou-se no Conservatório Nacional Superior de Lyon, na Universidade de Música de Bucareste (classe do prof. Ştefan Gheorghiu) e na Academia de Música de Basileia (prof. Adelina Oprean), frequentando também os cursos de Gyula Stuller no Conservatório de Freiburg. O seu talento foi recompensado com vários prémios nos concursos: “George Enescu” – (3º Prémio – 2001), “Jeunesses Musicales” (2º Prémio – 1998), “Eugen Sârbu” (1º Prémio – 1995 e 1996), Prémio “Sándor Végh” (1994). Entre 1996 e 2000 foi concertino da orquestra Philharmonie der Nationen, com a qual atuou como solista, e desde 2005 é concertino da Orquestra Sinfónica de Basileia, que tem como regente principal Dennis Russel Davies. Na qualidade de solista colaborou com a Orquestra Nacional Rádio da Roménia e com as orquestras das Filarmónicas de Cluj-Napoca, Oradea e Braşov. Em 2011, no âmbito do Festival “Violinos Célebres” de Bucareste, Ştefan Horváth tocou com um violino Guarneri del Gesu, instrumento que pertence a Del Gesù Foundation.
Toma Popovici, discípulo da pianista Dana Borşan, licenciou-se e doutorou-se pela Universidade Nacional de Música de Bucareste. Atualmente é leitor da mesma universidade. Recebeu inúmeros prémios em concursos nacionais e internacionais, entre os quais os mais importantes são: 1º Prémio nos concursos internacionais “Dinu Lipatti”, (Bucareste, 1997), Waki (Osaka, 1996), “Ann and Aaron Richmond Competition” (Boston, 2001). Toma Popovici frequentou os cursos de mestrado no College of Fine Arts da Universidade de Boston (com Horia Mihail, Victor Rosenbaume Tong-Il Han). Atuou com Boston Pops Orchestra, Orquestra Nacional Rádio da Roménia, Orquestra de Câmera da Rádio Romena, ao lado de maestros como Keith Lockhart, David Hoose, Jin Kim, Tateo Nakajima, Radu Popa, Vlad Conta, Paul Popescu, Alexandru Ganea ou Tiberiu Oprea. Durante sua prolífica atividade, Toma Popovici colaborou com Andrei Tomescu, Laurent Chatel, Alexandre Lecarme, Gabriel Croitoru, Cristina Anghelescu, Artur Lukomanski e Jan Muller-Syeraws. Gravou uma série de seis discos para Hammond GMAC e realizou múltiplas outras gravações para a Sociedade Romena de Radiodifusão. Sua atividade concertística inclui inúmeros concertos entre os quais lembramos: O Festival Internacional George Enescu (1998, 2011), Rockport Chamber Music Festival (2007), Kneisel Hall Festival (2001, 2002), Yale University Norfolk Festival (2003), Bucharest Music and Film Festival (2008, 2009, 2011), “Murten Classics” (Suíça, 2013 e 2014).