A primeira presença romena na Bienal de Cerveira

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A convite dos organizadores da Bienal Internacional de Arte de Cerveira, a primeira participação da Roménia no mais antigo evento deste tipo com funcionamento ininterrupto em Portugal, na sua XXI edição, será assinalada no dia 5 de setembro de 2020 através da organização de um Dia da Roménia.

Os eventos agendados no âmbito do Dia da Roménia terão início às 10h00, com o workshop "Técnicas e materiais para a escultura em madeira", realizado pelo escultor Mircea Roman. A partir das 16h00, no Auditório do Fórum Cultural de Cerveira, terá lugar a projeção do filme The Spirit of the Body Crates (2013, 30 min, legendas em inglês) do realizador Francisc Mraz. Pelas 17h00 haverá um painel de discussão com Mircea Roman, moderado pela curadora Helena Mendes Pereira, sobre o tema "Entre um grotesco é sagrado: as ligações entre Portugal e a Roménia". A inauguração da obra "São Sebastião" da autoria de Mircea Roman, criada especialmente para ser exposta na Bienal de Cerveira, terá lugar no "Palco das Artes", a partir das 18h00. O Dia da Roménia irá encerrar com o recital do pianista Nicolae Dumitru, no Auditório do Fórum Cultural de Cerveira, a partir das 19h00. A bienal irá também exibir uma obra da artista romena Florentina Voichi.

Mircea Roman é um dos mais importantes escultores romenos contemporâneos. Formado em Cluj nos anos ‘80, Roman é famoso pelos seus trabalhos icónicos que se destacam pelas personagens híbrido-humanas, arcaicas e, no entanto, modernas, e pela sua técnica específica de trabalhar em madeira e bronze. Em 1992 ganhou o Grande Prémio na Trienal de Osaka, tornando-se dessa forma o único escultor romeno que recebeu, até agora, esta distinção importante. Em 1995 expôs na Bienal de Arte de Veneza numa exposição coletiva e teve exposições individuais nos Riverside Studios em Londres, projetos de instalações urbanas no rio Tamisa ou no pátio do Museu do Camponês Romeno. As suas obras foram exibidas em museus e galerias importantes de Bucareste a Kobe, de Londres a Perugia e Bochum. Foi agraciado com o prestigiado Prémio Delfina, em Londres. Em 2000 foi condecorado com a Ordem "Serviço Fiel" pelo Presidente da Roménia, em 2008 recebeu a Medalha de Ouro por parte da União dos Artistas Plásticos de Quichinau e, em 2017, o Prémio de Escultura da UAP da Roménia.

Sobre as obras de Mircea Roman, o crítico de arte Richard Demarco afirmou: "As obras de Mircea Roman são eminentemente atemporais e livres da heresia do pós-modernismo e das táticas chocantes de demasiados artistas contemporâneos que se deixam facilmente influenciados por movimentos artísticos da moda. Olhem atentamente para as esculturas de Mircea Roman e irão descobrir o seu amor pelo esculpir e pintar da madeira no milenário estilo tradicional da arte romena."

Nicolae Dumitru estudou piano na Academia Russa de Música "Gnessin", na classe do professor emérito Mihail Sayamov, sob a orientação do qual concluiu também os estudos de pós-graduação. Durante o período passado no estrangeiro, deu concertos como solista da Filarmónica Académica Estatal de Moscovo, Filarmónica Estatal de Quichinau e das Filarmónicas de Nijni - Novgorod, Omsk, Novosibirsk, Belgorod. Depois de regressar ao país, desde janeiro de 2002 até ao presente, já se apresentou nos palcos das principais filarmónicas da Roménia. Em Bucareste, deu recitais no Ateneu Romeno, na Sala Rádio e no Auditório do Museu de Arte. Foi solista convidado da Filarmónica "George Enescu" de Bucareste e da Orquestra Nacional da Rádio Romena, com a qual realizou a primeira apresentação radiofónica do Concerto para Piano e Orquestra de Antonin Dvořák. Nos palcos europeus, Nicolae Dumitru deu recitais em Viena, Madrid, Lisboa, Barcelona, ​​Veneza, Budapeste, Estocolmo, Baden am Wien, etc.