Para aperfeiçoar os seus conhecimentos técnicos, começou um curso de pintura na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa.
«A beleza da pintura sobre seda Tenho sempre uma imagem quando começo um trabalho em seda.
Começo, a ideia dilui-se em muitas outras ideias.
A cor é o meu forte e dá-me um imenso sentimento de prazer e liberdade vê-las diluirem-se na seda de uma forma controlada pela "ghutta".
A magia vem de uma inspiraçãp própria, circunstancial e sem limites. Cada trabalho é uma peça única porque é dificil repeti-la ao pormenor.
Esboçar tintas entre outras tintas na seda já molhada, entre outras técnicas, é um desafio dramático porque podem-se descontrolar.
Há acessórios adicionais que embelezam a pintura em seda. O sal, o alcool etílico, entre outros, dão-lhe um toque de luxo.
A seda é depois "cozida" a vapor e onde as tintas se tornam fixas e duradoiras. Podem ser lavadas ou limpas a seco sem qualquer dano.
Eu sempre visualizei que do nada poderia criar uma nova forma de expressar as minhas ideias e sentimentos e dar-lhe um a base de luxo usando seda pura. Imagino sempre muitas imagens e formas, mas nunca me consigo controlar na sua execução e aplicação das cores. Observar as cores a espalharem-se sobre a seda é brilhante e dá-me uma total liberdade de ideias e movimentos.
A magia de pintura em seda nasce no intimo é expressa no desenho livre e na coloração usando as mais dispares cores. Cada pintura é única e difícil de repetir.»
Amy Alves
Aires Benevides Prata, nasceu em S.Vicente da Beira, distrito de Castelo Branco, no dia 14 de Abril de 1946. Aos 10 anos ingressa na Escola Industrial e Comercial de Castelo Branco onde, sob orientação do Mestre Engº Russinho, tem oportunidade de se iniciar na arte da pintura a guache.
Terminado o curso, ruma a Lisboa onde inicia carreira profissional na área do Desenho Industrial.
Incentivado pela família, persegue a sua paixão pela arte, primeiro sob a orientação de João Faria Blanc na CGD, depois com Maria Helena Lima na CVP da Parede.
Actualmente frequenta o curso de pintura da Sociedade Nacional.
«Recordações A nossa terra, não é só onde se nasce.
É terra também, onde ao longa da vida vamos vivendo e ficando com muitas recordações.
São essas recordações que com muito amor, vão passando para as telas. »
Aires Prata
