Itália, Roménia, Portugal: interferências arquitetónicas no entreguerras

Entre os dias 14 de maio e 1 de julho de 2019, o Instituto Cultural Romeno e a Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa (FAUL) organizam no Pavilhão do Auditório Rainha Sonja da Suécia | CUBO da Faculdade de Arquitetura, a exposição "Itália, Roménia, Portugal: interferências arquitetónicas no entreguerras".

No dia da inauguração que terá lugar na terça-feira, 14 de maio, às 15h00, será realizada uma série de conferências proferidas pelos: Professor Doutor Arquiteto Sorin Vasilescu da Universidade de Arquitetura e Urbanismo "Ion Mincu" (UAUIM) de Bucareste (em francês), professores João Pardal Monteiro e António Castelbranco da FAUL e arquiteto Gelu Savonea, vice-diretor do Instituto Cultural Romeno em Lisboa.

A exposição "Itália, Roménia, Portugal: interferências arquitetónicas no entreguerras" integra não menos de 120 painéis que mostram, através de imagens recentes ou de arquivo, igual número de trabalhos arquitetónicos espetaculares, 40 para cada um dos três países em questão. A seleção das obras e dos arquitetos da Itália e Roménia pertence ao arquiteto Sorin Vasilescu, enquanto a seleção das obras/ arquitetos de Portugal foi feita pelo arquiteto Sorin Vasilescu em colaboração com o arquiteto Gelu Savonea, no âmbito de uma ampla visita documental realizada em 2016, com o apoio do ICR Lisboa.

Durante mais de meio século, os historiadores especialistas nessa área pareceram ignorar tudo aquilo que não se encaixava nos padrões arquitetónicos da Bauhaus ou de Le Corsbusier. No entanto, com o amadurecimento do pós-modernismo e, com o neo-racionalismo, as correntes arquitetónicas amadurecidas na Itália, Roménia e Portugal no entreguerras (mas irradiando também em França, Espanha, América Latina e África) começaram a ser reconhecidas como as que constituem um segundo filão, meridional/ latino, da evolução da arquitetura universal.

Na verdade, depois do desgaste do "modernismo", vítima do seu próprio sucesso, e após o surgimento do pós-modernismo e neo-racionalismo, podemos mais facilmente perceber que a arquitetura contemporânea é, sempre que consegue explorar os seus recursos de criatividade, muito mais herdeira destas correntes do que da escola funcionalista de Bauhaus ou Le Corbusier.

Foi com base nesta observação que surgiu o conceito da exposição "Itália, Roménia, Portugal: interferências arquitetónicas no entreguerras", que representa também uma oportunidade para explorar a circulação de ideias numa Europa que atravessava um dos seus períodos culturais mais marcantes.

Arquiteto, professor universitário, doutor em arquitetura (Arquitetura Totalitária - arquitetura fascista, nazista e estalinista, 1993), Sorin Vasilescu é membro da Associação dos Cientistas Da Roménia, membro do Centro Internazionale di Studi di Architettura Andrea Palladio (CISA), da Associação Europeia para o Ensino da Arquitetura, Visiting Professor nas Faculdades de Arquitetura de Strasbourg, Liège, Milão e Torino. Foi eleito membro do Senado da Universidade de Arquitetura e Urbanismo "Ion Mincu" (UAUIM) de Bucareste (1990-2012), presidente da Comissão Nacional Romena do ICOMOS (2002-2006), Diretor da Escola de Altos Estudos da UAUIM (2004-2008). Atualmente é professor de História da Arquitetura Moderna e Contemporânea, Arquitetura do Espaço Interior, Estilos, Historia das Artes Visuais, na UAUIM, coordenador de doutoramentos e, desde 2008, presidente da Fundação Giulio Magni. Em 2015, foi-lhe atribuído o prémio "Opera Omnia" da Academia Romena.

Lista com os arquitetos cujas obras integram a exposição: