
A Roménia associa-se aos eventos dedicados à celebração do Dia Mundial da Língua Portuguesa, organizados pelo Secretariado Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), ao participar na mesa-redonda “A Promoção e difusão da Língua Portuguesa e da diversidade cultural dos Estados-Membros da CPLP: das experiências tradicionais às plataformas digitais”, que se realizará no dia 20 de maio de 2025, na sede da CPLP (Palácio Conde de Penafiel, em Lisboa).
Nesta ocasião, a Embaixada da Roménia na República Portuguesa e o Instituto Cultural Romeno em Lisboa oferecerão ao público a oportunidade de descobrir a beleza de um recital especial de guitarra, na interpretação do artista romeno Titus Isfan, descendente de uma família musical romena radicada em Portugal. O evento permitirá a interligação dos espaços musicais romeno e lusófono através da arte, com um repertório adaptado à diversidade cultural do mundo lusófono, que inclui peças da música portuguesa e brasileira.
Em 2009, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) instituiu a celebração da língua portuguesa e da cultura lusófona anualmente a 5 de maio. Em 2019, a 40.ª sessão da Conferência Geral da UNESCO decidiu proclamar o dia 5 de maio como “Dia Mundial da Língua Portuguesa”. A Roménia tornou-se Observador Associado da CPLP na XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, realizada em Luanda, Angola, a 17 de julho de 2021. No dia 11 de abril de 2025, Daniela Gîtman, Embaixadora da Roménia na República Portuguesa, tornou-se a primeira Representante Permanente da Roménia junto da CPLP.
Titus Isfan iniciou o percurso musical com 8 anos de idade. Estudou viola de arco com o seu pai, Ceciliu Isfan. Como aluno da Escola Alemã de Lisboa, participou em 2006, 2007, 2008 e 2009, como solista e com quarteto de cordas, nos concursos “Jungend Musiziert”, obtendo o 2º e, respetivamente o 3º prémio ao nível regional e nacional. A paixão pela guitarra manifesta-se aos 14 anos, quando frequenta os cursos de guitarra elétrica no Rock School Music, Portugal. Após um ano de frequência obtém o 2º grau do Rock School Music London, Inglaterra com uma pontuação de 97%. A partir de setembro de 2012, inicia o estudo de guitarra clássica com o professor doutor Dejan Ivanovic.
Atualmente, conta com mais de 30 participações em Master Classes de guitarra clássica a nível nacional e internacional, tais como Conservatório Regional de Artes do Montijo, Santarém, Festival de Música do Estoril, Guimarães, Braga, Amarante e Universidade de Aveiro, Escola Superior de Música de Lisboa, Tuzla Guitar Week, Festival Internacional do Tejo, tendo sido orientado por professores como Dejan Ivanovic, Fábio Zanon, Júlio Guerreiro, Michalis Kontaxakis, Carlo Marchioni, Jose Manuel de Pena, Costas Cotsiolis, Zoran Dukić, Sanel Redzic, Mateusz Kowalski, Aniello Desiderio, Pedro Rodrigues, José Mesquita Lopes e muitos outros.
Entre 2013 e 2016, tirou a licenciatura em Música (guitarra clássica) na Universidade de Évora, na classe do Professor Dr. Dejan Ivanovic. Em 2013 e 2014, atuou como solista em vários concertos com a “Orquestra do Círculo de Música de Câmara”. Em junho de 2016, participou no “17º Concurso Internacional Cidade de Fundão”, ganhando o prémio de “Melhor interpretação de uma peça portuguesa”. Atualmente é mestrando em Música, especialização em Interpretação, na Universidade de Évora, na classe do Professor Doutor Dejan Ivanovic e mestrando em Música, especialização em Ensino, na Escola Superior de Música de Lisboa, na classe do Professor António Gonçalves. Em setembro de 2013, iniciou o ensino de guitarra clássica no Conservatório Regional de Artes do Montijo. É cofundador e membro dos grupos Alma do Fado, ContrastuS e Euterpe Guitar Duo. Realizou inúmeros recitais de guitarra clássica, quer como solista, quer em agrupamentos de música de câmara, em Alcochete, Montijo, Braga, Fundão, Évora, Évora, Beja, Lisboa, Castelo Branco, Porto e Castelo de Paiva. Tem atuado com a Orquestra Sinfónica Portuguesa e participado em vários festivais como o Festival Ciclo de Concertos de Coimbra, o Festival Internacional do Tejo e o Festival Internacional dos Açores.
O Palácio Conde de Penafiel, em Lisboa, foi construído na primeira metade do século XVII. Desde 1798, o palácio é conhecido simplesmente como Palácio Penafiel. Foi também a partir desta época que os Condes de Penafiel passaram a investir em obras de melhoramento e ampliação do palácio original, tendo uma das primeiras sido levadas a cabo pelo 1º Conde e pelo seu genro, António José de Sousa Gomes, um diplomata brasileiro que se tornaria o 2º Conde e 1º Marquês de Penafiel. De 1865 a 1873, o palácio representou um dos principais centros da vida social lisboeta, tendo este período dourado terminado em 1875, quando os Condes de Penafiel se mudam para Paris, vendendo o valioso recheio do palácio. Em 1904 instalou-se no edifício a Legação de Espanha, porém logo em 1919 o imóvel seria adquirido pelo Estado Português ao 3º Conde e 2º Marquês de Penafiel, Manuel António da Serra Freire Gomes da Mata Sousa Coutinho, para aí instalar gabinetes ministeriais, assim como o Ministério das Obras Públicas. Atualmente funciona como sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.