1916, um ano de contrastes

1916, um ano de contrastes 1916, um ano de contrastes

No contexto do centésimo aniversário, que se assinala este ano, da entrada da Roménia na Primeira Guerra Mundial, o Instituto Cultural Romeno em Lisboa organiza juntamente com a Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) o simpósio „1916, um ano de contrastes".

O evento terá lugar no dia 31 de outubro de 2016, às 18:30, no Auditório da Biblioteca Nacional de Portugal (Campo Grande nº 83, Lisboa), e contará com as palestras das historiadoras Margarida Ramalho e Alina Smigun.

As duas investigadoras farão um enquadramento histórico da casa real romena ligada por laços de sangue com a casa real portuguesa e irão retratar a delicada situação atravessada pela Roménia em 1916, ano em que foi transgredida uma linha frágil entre êxtase e agonia: da entusiasmada passagem dos Cárpatos até à amarga derrota na Turtucaia; da confiança que prevalecia em meados de agosto de 1916 até à desmoralizante retirada do governo para Iasi - a pequena e audaciosa Roménia paga o preço da adesão à Entente sem uma preparação adequada. O entusiasmo apaga-se até ao fim de 1916, quando a Roménia volta a encontrar-se, apenas alguns meses mais tarde, à beira do precipício. A nação romena está dividida: uma parte é refém, enquanto a outra (incluindo as instituições, o exército, a casa real) encontra refúgio no que resta do pequeno reino para cuja construção e consolidação o rei Carol I tinha dedicado o seu reinado de quase meio século. Foi este, na verdade, o ponto de partida para o caminho da Grande União de dezembro de 1918.