MARIA ADELAIDE LARANJEIRO

CONSIDERAÇÕES CRÍTICAS 
A percepção visual e cromática do espaço arquitectónico, em termos de luz e sombra.
Do Abstraccionismo Geométrico à Op-Arte, a cor lírica, subtilmente contrastante, acentua a bidimensionalidade dos planos, que se interceptam e se justapõem em composições de estrutura rectilínea, criando lúdicas leituras ambíguas de ilusões d' óptica.
As minhas saudações!
Eurico Gonçalves
(pintor português) 31.01.2008

Essência do Quadrado

Exposição de pintura - Lisboa
16 de Janeiro – 5 de Fevereiro de 2008


O Instituto Cultural Romeno - Lisboa inicia o novo ano de 2008 com um primeiro evento pelo que vem assinalar o Ano do Diálogo Intercultural na União Europeia: Quarta-feira, dia 16 de Janeiro, às 19h00, na Sala de Exposições do ICRL (Rua Dr. António Cândido, nº 18) terá lugar a inauguração da Exposição de pintura da artista portuguesa Maria Adelaide Laranjeiro, intitulada A Essência do Quadrado.

Maria Adelaide Laranjeiro licenciou-se em Arte, Decoração e Design (IADE) fez um curso livre de pintura a fresco na FBAL, o curso de pintura na Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA) e foi convidada para o atelier livre de SNBA. Desde 2005 participa em concursos, tendo sido seleccionada na VIII Bienal de Artes Plásticas da cidade de Montijo e nos concursos de Artes Inatel 2005-2007. As suas obras integraram exposições colectivas tal como GRUP'ART 05 e exposições SNBA.

Concebidos num estilo geométrico claro, subordinados à perfeição da forma, os quadros da Maria Adelaide transmitem uma luz abrangente traduzida por tons apurados de azul, laranja, verde e vermelho. A artista domina a cor que sente de maneira evidente e que trabalha até à captação dum brilho perfeito, de diamante. As cores são frias, o azul omnipresente em diversos tons e tonalidades a partir de claro, neutro, azul brilhante, azul tristonho ou turquesa até ao lilás forte, chocante. A temática das obras de Maria Adelaide é dominada pela cor e forma geométrica, duas componentes pelas quais se cria a ideia do movimento. A dinâmica dos objectos tem apenas um sentido: a elevação. Quadrados, rectângulos, escadas, tudo sobe, e o azul predominante reforça a ideia de aspiração ao céu. A cromática das complementares numa forte oposição, embora em cores vivas, leva a uma sensação de tristeza escondida: em interiores geometrizados, paredes dobradas cria-se um espaço interior lúcido de quarto fechado, pesado e limitado que se abre para o céu, para o ilimitado. Elevação esta que se torna antes uma queda dentro de si próprio, pesada como os cubos mas forte pelo jogo das cores primárias azul-vermelho. A artista comunica através das cores; nos seus quadros o elemento humano aparece raramente, mas a cor fala por si através de diversos tons e vozes.



Um quadrado é um caso particular de rectângulo cuja largura é igual ao cumprimento.
O quadrado conota integridade, rectidão moral (…) representa força, segurança, imobilidade, racionalidade, ausência de emoções e poder.
Em termos de movimento, está relacionado com o aspecto masculino - «pai», porque caminha em linha recta, representando a busca do destino através do intelecto. (…)
É um símbolo estático e antidinâmico, quase sempre relacionado e oposto ao círculo. O quadrado representa a terra em oposição ao céu. 

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