Sexta-feira, dia 6 de março, às 18h30, o Instituto Cultural Romeno em Lisboa, em colaboração com a Embaixada da Roménia e a Embaixada da República da Moldávia em Portugal, organiza na sala de exposições do instituto (Av. Luís Bívar 91, 5º andar) a inauguração da exposição de fotografia „Regresso a casa” do artista Mihai Potârniche. Este evento é o primeiro de uma série de encontros mensais programados sob o título “O meu lar” e dedicados à diáspora romena.
A exposição é composta por fotografias que integram o ensaio homónimo publicado pelo artista na editora Princeps de Quichinau (República da Moldávia) em 2011.
A arte de Mihai Potârniche tem algo do realismo do romance romeno do período de entre-guerras. Não idealiza mas identifica o bem e o mal da aldeia romena nos termos mais apropriados, sem fazer desta forma alguma concessão à vulgaridade e aos traços grosseiros demasiado presentes na arte contemporânea. O carinho e a nostalgia na abordagem da aldeia natal ganham nas suas fotografias a força de expressão, precisamente por não ceder a nenhuma tentação vinda de fora do mundo das artes visuais. As suas fotografias (ora picturais, ora duras ou oníricas) são prova, sem ênfase, do vasto leque de meios de expressão do artista. O escritor Spiridon Vangheli anota: “Não te podes esconder do olhar de Mihai Potârniche, ele faz desaparecer a máscara e desce nas profundezas da alma para trazer à superfície traços, estados, a elevação e a descida do homem, a sua ebulição vital.Muitos dos personagens de Mihai Potârniche são de uma tal expressividade e originalidade que, uma vez conhecidos, não se esquecem. Eis a prova da sua naturalidade e veridicidade, procurada por muitos, mas encontrada por poucos.”
A exposição estará patente até dia 20 de março.
A inauguração será seguida por um serão musical na interpretação de dois jovens artistas residentes em Portugal: Titus Isfan (guitarrista) e Victoria Leuca (voz).
Mihai Potârniche trabalhou como fotorepórter em inúmeras publicações da República da Moldávia, Ucrânia e antiga União Soviética (A mulher da Moldávia", "Cultura", "Moldávia", "Sovietski Ceasovoi" e agências de notícias ATEM e TASS) e como chefe do departamento de fotografia da Agência de notícias da República da Moldávia "Moldpress". Teve 33 exposições individuais em Quichinau, Paris, Estrasburgo, Varsóvia, Bucareste, Kiev, Odessa, etc. Publicou quatro álbuns de fotografia de alta qualidade artística e gráfica e foi premiado pela Confederação dos Jornalistas do CSI em 1993. É membro da União dos Artistas Plásticos da República da Moldávia, da União dos Jornalistas e da União dos Fotógrafos da República da Moldávia. Em 1993 recebeu o título de Mestre em artes da República da Moldávia.
Tornou-se popular enquanto autor de ensaios fotográficos, retratos e conceitos gráficos que fez para várias publicações.