Participação romena no festival Walk & Talk 2017

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De 14 a 29 de julho de 2017 terá lugar em Ponta Delgada a setima edição do Festival internacional de arte pública Walk&Talk, organizado pela Associação Anda&Fala – Interpretação Cultural. O Programa de Exposições do festival abre com uma exposição coletiva na Galeria Walk&Talk, intitulada ʺMessage in a Bottleʺ, que na edição de 2017 estará a cargo de Diana Marincu, cuja participação é apoiada pelo Instituto Cultural Romeno.

A exposição ʺMessage in a Bottleʺ, curadoriada por Diana Marincu integra artistas de 3 países: Roménia (Silvia Amancei, Bogdan Armanu, Răzvan Anton, Ciprian Mureșan, Larisa Sitar, Diana Vidrașcu), Israel (Belu-Simion Făinaru, artista romena residente em Israel), e Portugal (Vera Mota).

ʺMessage in a Bottleʺ é construída como uma cápsula do tempo, reunindo uma série de questões sobre os tempos atuais e refletindo sobre como a mensagem de um artista soaria ao mundo. Destruindo os limites entre o fictício e o real, bem como entre um espaço físico e um lugar imaginário, a exposição expande-se para o ar livre, para a cidade de Ponta Delgada, envolvendo pessoas, para participarem desse diálogo experimental. O sentimento de pertença é mais vezes associado a um estado de espírito do que a uma área geográfica; Sonhar com um lugar distante pode ser encontrado na mitologia da ilha desde os tempos antigos, quando o desejo de viajar e conectar foi moldado principalmente pela narração e escrita de histórias de ficção. Mesmo hoje em dia, as projeções sobre territórios desconhecidos misturam fatos e ficção, enquanto as perturbadoras lutas políticas pelo poder manipulam a percepção de alguém. Neste contexto, a sensação de ser simultaneamente conectado e desconectado, visível e invisível, ruidoso e silencioso influencia a nossa capacidade de agir e reagir. Enviar uma mensagem em uma garrafa tem um longo histórico relacionado com a necessidade de entrar em contato com um mundo externo, enquanto se joga o jogo das coincidências como parte integrante da fórmula de comunicação. Às vezes, o conteúdo da mensagem expressa todos os segredos, a raiva, o desespero do remetente, enquanto outras vezes é apenas um jogo de possibilidades, uma experiência que prova que encontros acidentais são possíveis. O impacto da mensagem sobre a pessoa que a encontra também se relaciona com uma consciência emocional da existência do outro.

Diana Marincu é curadora e crítica de arte. Licenciou-se na Faculdade de Arte e Design em Timisoara e possui um Mestrado em História e Teoria da Arte na Universidade Nacional de Artes em Bucareste. É estudante de Ph.D. na mesma universidade, conduzindo uma pesquisa em discursos curatoriais sobre identidade e periferia, construídos em torno de alguns critérios geográficos em grandes exposições e bienais. Em colaboração com a Fundação Plan B e a Paintbrush Factory em Cluj, desenvolve o programa de workshops Learning and Unlearning e o novo programa de curadoria chamado DOMINO. As suas exposições mais recentes incluem: M (Teodor Graur e Cristian Rusu), Plano B Cluj (2016); White dot and Black Cube (projeto curatorial em conjunto com Anca Verona Mihulet), Museu Nacional de Arte Contemporânea em Bucareste (2015-2017); Inventing truth. On Fiction and Reality, um dos dois projetos que representaram a Roménia na 56ª edição da Bienal de Arte de Veneza, a New Gallery do Instituto Romeno de Cultura e Investigação Humanística de Veneza (2015). Foi recentemente nomeada curadora (juntamente com Ami Barak) da edição de 2017 da bienal Timişoara Art Encounters.

Os artistas convidados articulam sua própria visão sobre esse relacionamento fictício com um futuro receptor desconhecido das suas mensagens, visando transgredir os limites físicos e temporais de uma exposição específica. Os traços de seus gestos, atitudes, idéias e criações visuais são organizados pelo espaço do Walk and Talk Festival, um antigo escritório postal, dando ainda mais significado ao enquadramento conceptual desta exposição. As camadas de interpretação seguem as pistas das obras de arte expostas e as intervenções temporárias na cidade, a partir de um projeto fotográfico documental fictício sobre as relações Este e Oeste, para um diálogo imaginário com personagens mitológicos e representações históricas de um lugar paradisíaco, onde qualquer coisa é possível e o tempo se torna elástico. Walk&Talk é um festival internacional de arte pública, multidimensional e participativo que transforma cada ano a Ilha de São Miguel num palco privilegiado para a arte contemporânea.

Na sua setima edição, o evento propõe uma ampla série de manifestações artísticas em espaços públicos e um programa dinâmico de exposições, música, performance, dança, mostras públicas e encontros temáticos. Com o objetivo de criar obras inéditas e um museu ao ar livre, o festival reuniu nas suas edições mais de 110 de artistas oriundos de onze países e três continentes.