Inaugurada em junho de 2015, na sede do ICR Lisboa, a exposição „Blouse Roumaine, Femme roumaine" despertou o interesse dos responsáveis culturais do Alter do Chão, que propuseram a sua itinerância na respetiva zona. Com mais de 50 obras realizadas em diversas técnicas, propostas por 46 artistas de vários domínios - pintura, gráfica, escultura, cerâmica e fotografia -, a exposição será inaugurada no Castelo de Alter do Chão, no dia 28 de maio, pelas 19h00.
O ICR Lisboa lançou um desafio às artistas convidadas (Alexandra Budianu, Alexandra Rusu, Alina Gherasim, Andra Bădulescu-Vişniec, Andreia Năstăsescu-Bove, Arina Bican, Aurora Király, Beti Vervega, Carmen Nistorescu, Carmen Paiu, Cela Neamţu, Celina Grigore, Claudia Muşat, Cristina Bolborea, Cristina Cucu, CristinaŢurlea, Daniela Frumuşeanu, Delia Andrieş, Denisa Angheluţă, Doina Simionescu, Elena Dumitrescu, Elena Scutaru, Emanuela Balint, Graţiela Andrei, Iasmina Răceanu, Irina Silivestru, Liliana Cenean, Lucia Puşcaşu, Margareta Udrescu, Marilena Preda-Sânc, Miriam Mihail, Oana Ispir, Olga Morărescu Mărginean, Romana Mateiaş, Ruxandra Răileanu, Silvia Maria Stoica, Stela Lie, Ştefania Cenean, Teodora Ionescu e Viorica Cernica), não tanto para darem uma réplica artística ao famoso quadro "Blouse Roumaine" de Matisse, a fonte de inspiração desta exposição, mas para transpor a "blusa romena" no século XXI e conceder aos motivos tradicionais presentes no vestuário tradicional uma dimensão artística contemporânea.
Presente nas obras de importantes artistas (do pintor de igrejas Pârvu Mutu até Henri Matisse, mas passando também por Pablo Picasso, Theodor Pallady, Yves Saint-Laurent, Valentino, Iosif Berman, Carol Popp de Szathmary, C.D. Rosenthal, Nicolae Grigorescu, Camil Ressu, Francisc Şirato, Nicolae Tonitza e outros), "ia", a blusa romena, foi, ao longo dos tempos, uma inesgotável fonte de inspiração para obras significativas. Além de ser um símbolo de elegância e bom gosto inato de um povo, a camisa feminina tradicional romena tem o potencial para se tornar uma imagem de marca da Roménia. Visto que os artistas acima mencionados são todos homens, a originalidade da exposição que o Instituto Cultural Romeno propõe ao público é realçada, pela primeira vez, por uma visão feminina desta amada peça de vestuário. Por outro lado, a exposição deseja ser uma homenagem atípica à mulher da Roménia e, ao mesmo tempo, um ensejo para que as artistas convidadas apresentem a sua própria visão sobre um símbolo, um modo de vida, sobre as quais estão em melhor posição para falar.